É uma expressão que cada vez mais ouço entre os meus pares: "Quem me dera ter uma máquina do tempo e voltar à infância, quando era feliz e não sabia..."
Confesso que também já me apanhei a mim mesmo a dizê-la, mas quando penso em tudo o que ganhei desde então, ela deixa de ter qualquer sentido. Isto porque, se há altura em que somos felizes, é no aqui e no agora, ou pelo menos devíamos sê-lo. Se há uma altura em que devemos sentir-nos felizes é aquela em que vivemos, porque é nela em que somos felizes e não o sabemos.
Será sem dúvida parte da natureza humana (e ainda mais da portuguesa) sentir saudade, a mais nacional de todas as palavras, já que não há tradução directa do português para qualquer outro idioma. É natural senti-la porque se estabeleceu a ideia de que "antigamente é que era bom". Seria bom, sem dúvida, retornar ao passado em certos aspectos que têm vindo a ser degradados ao longo dos tempos. No entanto, faz também parte da natureza humana (e da portuguesa) evoluir e aprender com os erros, pelo que o regresso ao passado seria uma conformação com os velhos padrões e uma vontade de estagnação que em nada nos ajudaria.
Por isso meus amigos, saiam da máquina e vivam o tempo.
Saudações académicas do 3º Direito. Façam o favor de ser felizes!