domingo, 6 de fevereiro de 2011

De extremo a extremo

O meio termo. Segundo os dicionários, é:
"s. m.
1. Termo a igual distância de dois extremos."

No papel, tudo isto parece muito fácil e rápido de atingir. Mas o que é facto é que no papel tudo parece mais simples e bonito do que realmente é. O tal meio-termo é, ao fim e ao cabo, algo que nesta geração que cresceu com rede de segurança a meio metro de distância, quase uma impossibilidade, de tão inatingível que parece ser por quem nunca sentiu as consequências de viver num dos extremos.

Para quem está longe de casa e de tudo o que conheceu enquanto crescia, é algo que dizem para procurar, o tal equilíbrio entre a farra desmesurada e a loucura a que conduz noites perdidas a queimar as pestanas nos livros para tirar a melhor nota e ser o melhor entre os seus. Mais uma vez, tudo parece muito simples e bonito de fazer. Mas na verdade não o é, tal como tudo o que vale a pena fazer.

Em resumo caros amigos, o equilíbrio não está em festejar até cair ou em trabalhar até cair. Está em viver até cair.

Saudações académicas do 3º Direito. VIVAM!!!

P.S.: este post foi escrito às 01:44. Para quem quiser tirar conclusões...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A Máquina do Tempo

É uma expressão que cada vez mais ouço entre os meus pares: "Quem me dera ter uma máquina do tempo e voltar à infância, quando era feliz e não sabia..."

Confesso que também já me apanhei a mim mesmo a dizê-la, mas quando penso em tudo o que ganhei desde então, ela deixa de ter qualquer sentido. Isto porque, se há altura em que somos felizes, é no aqui e no agora, ou pelo menos devíamos sê-lo. Se há uma altura em que devemos sentir-nos felizes é aquela em que vivemos, porque é nela em que somos felizes e não o sabemos.

Será sem dúvida parte da natureza humana (e ainda mais da portuguesa) sentir saudade, a mais nacional de todas as palavras, já que não há tradução directa do português para qualquer outro idioma. É natural senti-la porque se estabeleceu a ideia de que "antigamente é que era bom". Seria bom, sem dúvida, retornar ao passado em certos aspectos que têm vindo a ser degradados ao longo dos tempos. No entanto, faz também parte da natureza humana (e da portuguesa) evoluir e aprender com os erros, pelo que o regresso ao passado seria uma conformação com os velhos padrões e uma vontade de estagnação que em nada nos ajudaria.

Por isso meus amigos, saiam da máquina e vivam o tempo.

Saudações académicas do 3º Direito. Façam o favor de ser felizes!